“O local onde é depositado em grande quantidade o lixo sobre a superfície do solo e a céu aberto é chamado de lixão. Normalmente esses locais não recebem nenhum tipo de tratamento para evitar a ação de efeitos que possam causar de alguma forma danos ao ambiente e à população. O lixão da cidade de Campos está situado no bairro da Codim, ao lado de uma escola e de uma comunidade pobre.
Há aproximadamente 20 anos que o lixo da cidade é depositado lá, em média cerca de 200 toneladas de lixo são depositados no lixão diariamente. Muitas famílias vivem no lixão em condições de higiene precárias e se alimentam do lixo contido lá correndo o risco de contrair doenças. Muitas dessas pessoas chegam até a brigar por um caminhão de lixo, pois logo que é despejado o lixo está sendo coberto.
A coleta seletiva na cidade é feita diariamente na área central, as segundas, quartas e sextas-feiras nos demais bairros que ficam à direita do Rio Paraíba e as terças, quintas e sábados em Guarus.
O lixo coletado é lançado no lixão completamente misturado, portanto o trabalho que muitas pessoas têm em separar o lixo orgânico do inorgânico é considerado em vão, contudo é importante ressaltar algumas considerações:
Os resíduos de construção civil não são lançados no lixão; O lixo hospitalar é coletado por uma empresa contratada e lançado de forma correta, disposto em trincheiras e coberto, o que não acontecia há algum tempo atrás.
O lixão da Codim não tem tratamento do solo, com isso o chorume que é um líquido escuro e mal cheiroso que é produzido a partir da decomposição de matérias orgânicas que estão contidas no lixo, que é ácido e contaminante pode poluir o solo e os lençóis freáticos (água subterrânea) isso pode ocorrer principalmente em locais de decomposição descontrolada do lixo, onde uma grande quantidade de lixo se infiltra no solo.
Um outro problema grave com relação ao lixão é quanto a sua localização que é muito próxima ao aeroporto e a presença de urubus naquela área dificulta muitas vezes o pouso dos aviões.
A nova empresa de serviços públicos, contratada pela Prefeitura, já começou a fazer as melhorias na área do lixão, parte dos dejetos foi coberta e o lixo hospitalar está com uma área reservada para também ser coberto. E agora os funcionários estão trabalhando com equipamentos de proteção, como botas e luvas. O que é bem diferente da realidade do lixão há um ano. Na época o RJTV mostrou que os catadores encontravam até fetos no meio do lixo.
O secretário de limpeza pública prometeu resolver o problema, e agora pensa em ampliar os serviços. Mas ainda existem várias famílias que continuam trabalhando no lixão, pessoas que sobrevivem de catar papel, plásticos, latas, ou qualquer outra coisa que possa ser reciclada ou vendida.
E nesse ambiente sem qualquer condição de higiene quem mais sofre são as crianças. Existem aquelas que nunca estudaram e nem sequer foram registradas quando nasceram e ainda, desde pequenas, convivem com problemas de pele. O médico sanitarista, Erick Schunk, alerta para os riscos de contatos com o lixo.
E o secretário de serviços públicos afirmou que as famílias de catadores já recebem ajuda para não levarem as crianças ao lixão, e ele prometeu apurar as denúncias.”
Fonte: Projeto de pesquisa do professor Sérgio Tibana (LECIV/CCT/UENF)
Pesquisa feita pelo aluno Luciano da Turma 505
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